TIPOS DE TRAIÇÃO
(*) Kátia Horpaczky
Os especialistas apontam cinco tipos de traição. A mais
comum é aquela que fica só na fantasia, na
imaginação. A traição virtual, pela internet,
também está crescendo porque se insere em um contexto semelhante - trair sem
contato sexual, carnal. Já a traição circunstancial acontece
sem ser premeditada: duas pessoas viajam a trabalho e ficam juntas por uma
forte atração sexual. A crônica é mais comum
entre homens que fazem tudo pelo prazer do novo. Muitas vezes motivada por uma
aventura do parceiro, a traição ostensiva deixa
pistas com o firme propósito de acabar com o casamento. 'Estudos feitos no
mundo inteiro mostram que a paixão dura de 18 a 30 meses. Depois disso, é preciso escolher
entre viver uma tranqüila relação de amor com a mesma pessoa ou uma nova e
arrebatadora paixão com outro', diz a psicóloga Maria Helena Matarazzo ,
autora de Coragem para Amar.
Existe também uma diferença de enfoque - o que é traição
para uns pode não ser para outros.
A psicanalista Magdalena Ramos, do Núcleo de Casal e Família
da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, pondera que a vontade de
trair e a fantasia de ter um amante são maiores do que a coragem de concretizar
a infidelidade. 'As pessoas acalentam o desejo de ter uma vida sexual parecida
com a dos filmes, mas apenas uma minoria transforma o sonho em realidade.
Homens e mulheres temem ser descobertos e perder o parceiro com quem dividem um
projeto de vida', diz.
O que mais contribui
para a traição acontecer é a falta de afeto. O sexo ainda pode durar por certo
tempo. Mas com o tempo você perde o interesse pela pessoa inteira. O primeiro
sintoma é não se beijar mais na boca. O beijo é mais íntimo do que a própria
relação.
Na traição o grande perigo é o envolvimento emocional, mesmo
que não tenha acontecido a relação sexual.
Perdoar é difícil. A autoestima fica muito abalada, realmente não dá mais quando acaba o amor e a atração física - a química da pele que não tem explicação. Isto você tem ou não tem, e as vezes o rompimento é a melhor solução.
(*) Kátia Horpaczky
Psicóloga Clinica, Psicoterapeuta Sexual de Família e Casal
CRP – 06/41.454-3
(11) 5573-6979
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