terça-feira, 1 de outubro de 2013

O QUE É ANSIEDADE?



(*) Katia  Horpaczky

Ansiedade pode aumentar risco de câncer em 25%

As pessoas extremamente ansiosas são 25% mais propensas a desenvolver células malignas que podem resultar em algum tipo de câncer. A descoberta foi resultado de um estudo publicado na revista médica britânica New Scientist.
Há autores que definem a era moderna como a Idade da Ansiedade, associando a este acontecimento psíquico a agitada dinâmica existencial da modernidade: sociedade industrial, competitividade, consumismo desenfreado e assim por diante.
Diz-se que a simples participação do indivíduo na sociedade contemporânea já é, por si só, um requisito suficiente para o surgimento da ansiedade. Portanto, viver ansiosamente passou a ser considerada uma condição do homem moderno ou um destino comum a que todos estamos, de alguma maneira, condicionados.
Com certeza, até por uma questão biológica, podemos dizer que a ansiedade sempre esteve presente na jornada humana desde os tempos da caverna até a era espacial. A novidade é que só agora estamos dando atenção à quantidade, tipos e efeitos dessa Ansiedade sobre o organismo e sobre o psiquismo humano, de acordo com as concepções da prática clínica, da medicina psicossomática e da psiquiatria.

1 - TRANSTORNO ANSIOSO

Como a ansiedade é uma grande mobilizadora de distonias (desarmonias) do Sistema Nervoso Autônomo, a sintomatologia do Transtorno de Ansiedade é rica em elementos físicos e vegetativos (internos e autônomos). Portanto, neste tipo de transtorno encontramos a sintomatologia psíquica e também a física.

Sobre a sintomatologia geral, recomenda-se a observância de pelo menos SEIS dos seguintes 18 sintomas, quando freqüentemente presentes:
01 - tremores ou sensação de fraqueza
02 - tensão ou dor muscular
03 - inquietação
04 - fadiga fácil
05 - falta de ar ou sensação de fôlego curto
06 - palpitações
07 - sudorese, mãos frias e úmidas
08 - boca seca
09 - vertigens e tonturas
10 - náuseas e diarréia
11 - rubor ou calafrios
12 - polaciuria (aumento de número de urinadas)
13 - bolo na garganta
14 - impaciência
15 - resposta exagerada à surpresa
16 - dificuldade de concentração ou memória prejudicada
17 - dificuldade em conciliar e manter o sono
18 - irritabilidade

Convém sublinhar que estes sintomas costumam estar relacionados ao estresse ambiental crônico. Além disso, essas características têm um curso flutuante, variável e com uma tendência a ficarem crônicos. Com certa freqüência a ansiedade está associada à depressão, à fobia e também a outros sintomas emocionais, mas, nestes casos, deverá ser incluída em outras classificações.

A ansiedade passou a ser objeto de distúrbio no momento que o ser humano passou a considerá-la a serviço de sua existência e não mais a serviço de sua sobrevivência, como fazia antes. Por isso, o estresse passou a ser o representante emocional da ansiedade, sua correspondência psíquica e egoicamente determinada. O fato de um evento ser percebido como estressante não depende apenas de sua própria natureza, como acontece no mundo animal, mas do significado que a pessoa atribui a ele, de seus recursos, de suas defesas e de seus mecanismos de enfrentamento. Isso tudo diz mais respeito à personalidade da pessoa que aos eventos do destino em si.

No ser humano o conflito parece ser essencial ao desenvolvimento da ansiedade. Em nosso cotidiano, sem termos plena consciência, experimentamos um sem-número de pequenos conflitos, interpessoais ou intrapsíquicos; as tensões entre ir e não ir, fazer e não fazer, querer e não poder, dever e não querer, poder e não dever, e assim por diante. Portanto, motivação fisiológica para o aparecimento da ansiedade existe de sobra.

Não se pode confundir ansiedade com medo. São emoções tão corriqueiras que os dicionários estão cheios de sinônimos.  A principal diferença entre medo e ansiedade é que o medo ocorre como uma resposta a um perigo real e a ansiedade ocorre sem que qualquer tipo de perigo objetivo esteja presente.  A ansiedade é um estado emocional parecido com o medo, porem dirigido para o futuro, desproporcional (a uma ameaça reconhecível) e que traz intenso desconforto físico.

É possível lidar com a ansiedade usando de psicoterapias e/ou de tratamento farmacológico. Além disso, algumas dicas, como as que são citadas aqui, têm se mostrado eficazes no controle da ansiedade. Perceber o problema é um grande passo, controlá-lo requer uma dose de persistência, paciência e muitas vezes ajuda profissional.

Aprenda a Relaxar

Respirar é algo tão automático na nossa existência que poucos imaginam o quanto este ato está relacionado a ansiedade
Praticar esportes ou simplesmente caminhar são recursos úteis na diminuição da ansiedade e do estresse
Evite café, cigarro, bebidas do tipo “cola” e outros estimulantes
Se você tiver interesse em técnicas de meditação, saiba que elas são extremamente úteis no controle da ansiedade
Tenha pensamentos mais otimistas.
 

(*) Katia  Horpaczky
Psicóloga clinica
CRP 06-41.454-3
Tel: 11- 5573-6979
katia@rodadavida.com.br


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